quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Elise Sutton: Female Domination #5

The human temperament has been broken down into sixteen categories under four distinctive types, Sanguine, Choleric, Melancholy and Phlegmatic. The Sanguine is an extrovert, a talker and an optimist. They are emotional, demonstrative, enthusiastic, expressive and loud. Likewise, a Choleric is decisive, strong-willed, and bossy. It has been thought that a person who is a Sanguine or a Choleric would gravitate toward the dominant role within personal relationships. It has also been assumed that a Melancholy and a Phlegmatic would gravitate toward the submissive role. A Melancholy is a person who is an introvert, a thinker and a pessimist. A Melancholy is analytical, creative, sensitive, selfsacrificing, and usually has a low self-image. A Phlegmatic is also an introvert and is easy-going, relaxed, quiet, indecisive and tends to be shy.

From my years of counselling and interviewing submissive men, it has been rather obvious that the male desire to be in submission to the female gender has very little to do with temperament. There are submissive men who are introverted, shy and passive and there are submissive men who are aggressive, outgoing and extroverts. The male

desire to submit to the female cannot be over analyzed. Some have tried to explain the popularity of the professional Dominant woman (a.k.a. the Dominatrix) as being a way for the aggressive businessman to obtain balance in his life. It has been said by some who have examined the phenomenon of the D&S lifestyle that D&S attracts men of power and of a “Type A” personality because FemDom gives these alpha male types a chance to be on the receiving end of aggression and power instead of being on the giving end. In other words, Female Domination gives the macho male an avenue to find balance.

Then there are those who have claimed that FemDom attracts men who have a low self-image because they harbour a secret desire to be abused. Some in the field of Psychology believe that the Melancholy is most likely to develop masochistic desires. These two theories contradict each other. If FemDom primarily attracts shy and insecure males, then why do so many aggressive and extrovert males also desire to be dominated by a woman?

Just as a man’s temperament cannot be used to determine the source of his submissive desires, a woman’s temperament cannot be used to measure her potential to be dominant. Women who are Melancholy or Phlegmatic are just as capable of being Dominant as women who are out-going. Dominance is primarily an attitude. It is an inner nature and it is authoritative. Out-going and aggressive women are more easily turned on to Female Domination but they do not necessarily make the best Dominants. Some of the most dominant and authoritative women that I know are very laid back and quiet. They dominate more with their aura and their self-confidence than they do with strong outward personality traits. One woman I know rarely raises her voice when she dominates a man but she has the most intense stare and controlling aura about her that men crumble in her presence. She believes that she is superior to men and she walks with that confidence and that authority.

pp. 83-84

O prazer que algumas pessoas tiram de uma relação BDSM é visto, do exterior, frequentemente como uma excentricidade ou mesmo resultado de algum desequilíbrio interno. No caso particular, da vertente FemDom, imaginam uma Domme como alguém totalmente inflexível, incapaz de pedir desculpa. Já o submisso é visto como um ser que pede desculpa por existir e sem capacidade de decidir sozinho. Com um imaginário assim talvez seja fácil explicar a razão de tantos verem os praticantes de BDSM como seres doentios, ou no mínimo, pouco criativos.

Mas será que uma Domme quer realmente um submisso tão dócil? Ao ponto deste se tornar aborrecido? E será que um submisso conseguirá manter uma relação onde sabe que nunca terá razão?

Obviamente que não e este excerto do livro de Elise Sutton não deixa margem para dúvidas! O BDSM surge como algo mais profundo, definidor do próprio ser que abraça a dominação feminina. Não se trata de estar sempre nu e acorrentado, esperando a Senhora. É tão somente saberem ambos que ele esta a pensar na sua Senhora, que deseja superar todas as dificuldades ou restrições, para lhe poder oferecer algo que mostre a sua devoção. Roupas? Acessórios? Talvez, mas um poema dedicado à Senhora pode ser muito mais importante. O que conta é ambos sentirem que há uma simbiose que os estimula a continuar, a querer sempre mais. Em vez da rotina e da estagnação, a Senhora e o submisso ambicionam explorar a mente e o corpo de ambos muito para alem das inibições habituais. Precisam um do outro para se construírem mutuamente. E isso vai muito para além de umas chibatadas... apesar destas serem sempre bem-vindas ;)

Um amigo meu – um dos poucos que conhece esta minha vertente – disse-me que, pelo que percebia, quem se movimenta nesta comunidade não conseguia pura e simplesmente viver sem esta componente. Era fulcral para a construção da própria identidade. Não disse isso como se se tratasse de algo coercivo ou limitativo. O prazer que um submisso tem em satisfazer um capricho à sua Senhora não implica que este diga sempre que sim. O submisso tem a obrigação de se defender quando considerar que os seus valores não estão a ser respeitados. Acima de tudo uma relação BDSM é para seres genuínos, onde não há espaço para a falsidade. A entrega do submisso só faz sentido enquanto este tiver tanto prazer nisso, quanto a Senhora. Fiquei a olhar para ele. Ao contrário da maior parte das pessoas que são exteriores ao BDSM, ele tinha compreendido a essência, aquilo que realmente move quem navega por estas bandas.

Elise Sutton: Female Domination #4

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4 Comments:

Blogger _ said...

A partilha...

;)

Beijo

10:32 da tarde, fevereiro 02, 2007  
Blogger sub71 said...

... de "quase" tudo ;)

sensações, desejos, corpos, ambições, interesses, projectos, olhares, sorrisos...

Mas as chibatadas não se partilham... essas são todas para o sub :p

kiss

7:59 da tarde, fevereiro 03, 2007  
Blogger bound[PL] said...

Nao haver falsidades.. acho que é isso que mais distingue o bdsm,
como disse a carissima Nefer.. a partilha, quando esta é total consegue-se atingir coisas inimagináveis!!:))

Desta vez sou eu q digo.. excelente excerto!;)

Abraço

12:46 da tarde, fevereiro 11, 2007  
Blogger sub71 said...

A falsidade deveria estar arredada de todas as relações, e não só no BDSM, mas todos nós sabemos que não é assim. Mas se cada um de nós procurar ser genuíno eu acredito que, mais cedo ou mais tarde, seremos recompensados… talvez até com uma ordem para beijarmos as botas da Senhora ;)

Vou continuar a colocar aqui mais excertos deste livro. E fico a aguardar mais excertos no teu blogue ;)

Abraço

6:36 da tarde, fevereiro 11, 2007  

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