Uma mulher dominadora exerce um fascínio enorme em qualquer homem submisso. O seu modo de ser, de andar, de falar, os gestos, o olhar, tudo contribui para deixar o homem enfeitiçado. Como passar deste feitiço para a realidade?
A personalidade e convicções de cada submisso levam a que nem todas as Dommes possam ser tidas em conta para uma relação com futuro. É talvez essa a primeira tarefa do submisso: perceber quem é, para saber o género de Domme com quem tem afinidades que vão para além de uma sessão kinky.
A mulher que nos ama e gosta de o mostrar com uma festa ou um beliscão merece a única homenagem à sua altura: a nossa dedicação. O submisso deve manter a sua personalidade e vontade mas procurar, a cada dia, servir melhor a sua Domme. Essa entrega tem de ser física e espiritual. Numa relação BDSM a fasquia vai sendo colocada cada vez mais alta até que, num determinado ponto, se atinge um equilíbrio. Um equilíbrio entre os limites e desejos de cada um. Equilíbrio, esse, que eu classificaria como dinâmico, pois podem variar durante, e até, por causa, do relacionamento.
Haverá alguma peça de roupa que simbolize e seja uma justa homenagem a todas as Dommes? Sim! É o corpete. Não hesito sequer na escolha. O corpete consegue desenhar e sugerir a natureza do corpo feminino. Cobre os seios, insinua as ancas e ajusta-se à cintura. É perfeito! Se há roupa que celebra a mulher e o seu corpo é precisamente o corpete. Esta roupa fetichista parece esculpir o corpo da mulher apresentando-o em todo o seu esplendor. Acredito que é precisamente este o fascínio do corpete para os homens. A mulher que o enverga mantém o seu corpo protegido do olhar alheio, e contudo a silhueta do seu corpo fica completamente definida. Os homens sentem o poder erótico de um corpete precisamente porque este exibe, escondendo, a mulher.
Se o corpete faz a mulher brilhar, nem todas tem a noção disso ou capacidade para o realizar. Na verdade é a peça de roupa ideal para a mulher que tem uma postura dominadora. O imaginário de dominação associado ao corpete pode, inclusivé, assustar algumas mulheres, mas para uma Domme é, de certeza, irresistível. A Domme é a mulher que mais prazer retira de um corpete. Só esta realiza todas as potencialidades deste.
O corpete, ao contrário de outras peças de roupa, permite uma enorme elasticidade à Domme. É indiscutivelmente kinky, mas dá a qualquer Domme um porte mais sóbrio e elegante. O corpete ajuda a criar esta fusão entre a Senhora e a Dominadora. A primeira, a quem o submisso presta vassalagem, e, a segunda, que gosta amarrar e chicotear o seu submisso são reflexões da mesma identidade: a Domme.
Como se pode homenagear uma mulher assim?
Com uma dedicação que seja tão justa como o corpete o é para a Domme que o enverga.
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