domingo, outubro 29, 2006

Humildade

Toda a terra que pisas, eu q’ria, ajoelhada,
Beijar terna e humilde em lânguido fervor;
Q’ria poisar fervente a boca apaixonada
Em cada passo teu, ó meu bendito amor!

De cada beijo meu, havia de nascer
Uma sangrenta flor! Ébria de luz, ardente!
No colo purpurino havia de trazer
Desfeito no perfume o mist’rioso Oriente!

Q’ria depois colher essas flores reais,
Essas flores de sonho, estranhas, sensuais,
E lançar-te aos pés em perfumados molhos.

Bem paga ficaria, ó meu cruel amante!
Se, sobre elas, eu visse apenas um instante
Cair como um orvalho os teus divinos olhos!

Um poema lindíssimo de Florbela Espanca. É dedicado ao seu amante, mas o poema é tão belo que qualquer submisso o pode sentir como seu. Um ponto de partida inspirador para uma dedicatória à sua Senhora.

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sexta-feira, outubro 27, 2006

Cinema #4

quinta-feira, outubro 19, 2006

Quem precisa de um novo corpete?

Lendo o meu blogue dá para perceber que tenho um fascínio especial por corpetes. Hoje descobri um sítio que lista uma série de fabricantes e vendedores de Corpetes. Cada um deles vem com um comentário da autora. As classificações desta baseiam-se na qualidade final dos corpetes, no preço e no atendimento. Tudo é tido em conta.

Estas classificações são, em parte, baseadas na experiência da própria autora e dá para perceber que a lista é impressionante.

[.c.o.r.s.e.t.t.e.d.]

Se algum dos comentários despertar a atenção é só seguir o link e estamos no sítio do fabricante. Infelizmente é notório o peso dos Estados Unidos no mundo do corpete. Os outros continentes quase não existem…

No entanto, surpreendentemente, de acordo com este sítio o primeiro lugar vai para um fabricante australiano!

Infelizmente esta lista não é actualizada desde Março de 2005, o que explica a existência de alguns links sem informação. Para compensar podem começar a fazer os vossos próprios corpetes a partir do Corset Making.

Depois de vermos os sítios dos fabricantes, podemos ainda obter muita informação sobre os corpetes, a sua história e os diferentes estilos. Isto vai ao ponto de ter um tópico dedicada aos espaços onde os corpetes devem ser utilizados! Não vá alguma Domme confundir-se…:)

Nos comentários, que são a parte mais actual, descobri ainda esta loja francesa muito interessante. E o corpete que ilustra esta entrada é de lá.

Espero que estes sítios sirvam para algumas compras fetichistas, ou pelo menos, para sonhar um pouco com as futuras compras.

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sábado, outubro 14, 2006

FemDom dos anos 20!

Da autoria de Richard Hegemann. O submisso está a pedir para ser poupado ou para ser presenteado com uma sessão de chicotadas?

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sexta-feira, outubro 06, 2006

Dedicatória às Dommes...

Uma mulher dominadora exerce um fascínio enorme em qualquer homem submisso. O seu modo de ser, de andar, de falar, os gestos, o olhar, tudo contribui para deixar o homem enfeitiçado. Como passar deste feitiço para a realidade?

A personalidade e convicções de cada submisso levam a que nem todas as Dommes possam ser tidas em conta para uma relação com futuro. É talvez essa a primeira tarefa do submisso: perceber quem é, para saber o género de Domme com quem tem afinidades que vão para além de uma sessão kinky.

A mulher que nos ama e gosta de o mostrar com uma festa ou um beliscão merece a única homenagem à sua altura: a nossa dedicação. O submisso deve manter a sua personalidade e vontade mas procurar, a cada dia, servir melhor a sua Domme. Essa entrega tem de ser física e espiritual. Numa relação BDSM a fasquia vai sendo colocada cada vez mais alta até que, num determinado ponto, se atinge um equilíbrio. Um equilíbrio entre os limites e desejos de cada um. Equilíbrio, esse, que eu classificaria como dinâmico, pois podem variar durante, e até, por causa, do relacionamento.

Haverá alguma peça de roupa que simbolize e seja uma justa homenagem a todas as Dommes? Sim! É o corpete. Não hesito sequer na escolha. O corpete consegue desenhar e sugerir a natureza do corpo feminino. Cobre os seios, insinua as ancas e ajusta-se à cintura. É perfeito! Se há roupa que celebra a mulher e o seu corpo é precisamente o corpete. Esta roupa fetichista parece esculpir o corpo da mulher apresentando-o em todo o seu esplendor. Acredito que é precisamente este o fascínio do corpete para os homens. A mulher que o enverga mantém o seu corpo protegido do olhar alheio, e contudo a silhueta do seu corpo fica completamente definida. Os homens sentem o poder erótico de um corpete precisamente porque este exibe, escondendo, a mulher.

Se o corpete faz a mulher brilhar, nem todas tem a noção disso ou capacidade para o realizar. Na verdade é a peça de roupa ideal para a mulher que tem uma postura dominadora. O imaginário de dominação associado ao corpete pode, inclusivé, assustar algumas mulheres, mas para uma Domme é, de certeza, irresistível. A Domme é a mulher que mais prazer retira de um corpete. Só esta realiza todas as potencialidades deste.

O corpete, ao contrário de outras peças de roupa, permite uma enorme elasticidade à Domme. É indiscutivelmente kinky, mas dá a qualquer Domme um porte mais sóbrio e elegante. O corpete ajuda a criar esta fusão entre a Senhora e a Dominadora. A primeira, a quem o submisso presta vassalagem, e, a segunda, que gosta amarrar e chicotear o seu submisso são reflexões da mesma identidade: a Domme.

Como se pode homenagear uma mulher assim?

Com uma dedicação que seja tão justa como o corpete o é para a Domme que o enverga.

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